Descobertas Arqueológicas
Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia Tumbas da XVII Dinastia

ESTATUETAS FUNERÁRIAS Tumbas da XVII dinastia (c. 1640 a 1550 a.C.) foram encontradas na colina de Dra Abu el-Naga, na margem ocidental de Luxor, cemitério dos principais dignatários daquele período do antigo Egito. As descobertas, feitas em março de 2013, lançam luz sobre um período histórico pouco conhecido no qual a cidade de Tebas se converteu na capital do reino e foram assentadas as bases do império, ou seja, do domínio egípcio sobre a Palestina e a Síria, ao norte, e a Núbia, ao sul. Trata-se de uma época de grande complexidade política na qual os governantes, em sua maioria de origen sírio-palestina, não controlavam todo o território e o poder efetivo era exercido pelos mandatários locais.

O proprietário de uma das tumbas descobertas foi um personagem chamado Intefmose. Há três inscrições alusivas a ele, uma delas acompanhada do seu retrato em relevo, que o denominam filho do rei. Os egiptólogos acreditam que ele pode ter sido filho de Sebekemzaf I, um dos primeiros faraós da XVII dinastía do qual até o presente apenas se tem informação histórica. A tumba é formada por uma pequena capela construída com ladrilhos de adobe, erguida diante de um poço funerário de uns sete metros de profundidade que conduz a una câmara sepulcral. Através de un buraco aberto no fundo desse cômodo chega-se à câmara sepulcral de uma segunda tumba pertencente ao dignatário Ahhotep, qualificado como portavoz de Nekhen, cidade mais conhecida pelo nome grego: Hieracômpolis. Na câmara sepulcral os arqueólogos encontraram, como parte dos bens, três estatuetas funerárias de barro, pintadas e com o nome do defunto escrito na parte frontal. Dois destes shabtis se encontravam dentro de seus pequenos sarcófagos de barro, decorados con uma inscrição nas laterais e na tampa. A terceira estava envolta em nove tecidos de linho, como se fosse uma múmia verdadeira e em cada um dos tecidos havia restos de escrita em tinta negra. A foto acima mostra tais objetos.

ATAÚDE INFANTIL Concomitantemente foi desenterrada a múmia e o ataúde intacto de um menino com cerca de cinco anos de idade que viveu durante a XVII dinastia. A peça de madeira mede 90 centímetros de comprimento e não apresenta decoração, mas apenas uma fina camada de pintura branca. Nas imediações da sepultura foram encontradas peças de linho e oito estatuetas funerárias também de madeira. Elas trazem o nome de Ahmose-sapair, um príncipe herdeiro que viveu durante a transição entre a XVII dinastia e a XVIII dinastia (c. 1550 a 1070 a.C.) e que morreu ainda criança. Por razões desconhecidas, ele foi venerado como um santo na necrópole, recebeu culto durante 500 anos e foi incluído em listas de reis que se confeccionaram muitos anos depois. O ataúde, embora pelo tamanho pudesse pertencer-lhe, não é dele.




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